domingo, 31 de maio de 2009

Toy Art
Mais do que pura diversão ou simples consumismo, a toy art é um fenômeno da arte pop contemporânea.



Os bonequinhos viraram moda entre adultos descolados do mundo todo, tal qual as coleções de figurinhas ou papel de carta eram na infância de quem já passou dos 25.
Os bonecos são desenhados e customizados por designers, grafiteiros, gente do mundo da moda e outros artistas.




Mas os toys vão muito além do entretenimento. Além de resgatar lembranças da época de criança, eles criticam e ironizam o estilo de vida da sociedade atual, tanto no formato, quanto na caracterização.



A toy art surgiu há pouco mais de dez anos, quando dois chineses apresentaram os bonecos do “Comandos em Ação” com roupas urbanas, no lugar dos uniformes do exército, e cabeças de outros personagens numa feira de brinquedos. Depois disso, A mania se espalhou pelo mundo, sendo a internet sua principal vitrine.
Já a Plastik, possui uma loja real, em São Paulo, com espaço para exposição de artistas e toys raros. Quanto mais exclusivo e cobiçado, maior é o preço. Por serem importados, os bonecos custam caro: varia de R$ 100,00 a R$ 1.500,00. No Brasil, os principais divulgadores são a
The Toy e a Plastik.



A primeira é uma lojinha virtual, que além dos bonecos, oferece camisetas e revistas sobre o tema. Também há uma galeria de fotos que mostra as coleções dos internautas.
A criatividade é o principal ingrediente de quem produz toy art.




O design pode ser pouco elaborado, como algo que lembre um cachorro ou um coelho, ou total nonsense, com formas ultra-futuristas ou personagens de desenhos em situações inusitadas, como o Mickey malvado.
Os materiais também são diversos: vinyl, poliuretano, metal ou tecido e pelúcia. A aposta dos artistas brasileiros é nos produtos naturais, para dar uma cara artesanal à produção. Além de tecidos, eles investem em papel, resina e madeira.








Também há os DIY (Do It Yourself - faça você mesmo) Toys, que fazem sucesso por permitir que o próprio colecionador dê forma e cor ao seu boneco.



Eles vêm num formato genérico e você pode cortar, derreter, moldar e pintar como quiser.
Além de ajudar a matar a saudade dos brinquedos da infância, os toys também podem ser uma espécie de bichinho estimação, só que sem o lado ruim da sujeira e do barulho.




Como objeto de decoração, são excelentes, já que conferem uma identidade e um colorido especial ao ambiente.



Com tantos atrativos, já há marketeiros querendo pegar carona no sucesso da toy art para vender a sua marca, como mostra a figura:



Gostou da idéia?


Para começar a sua coleção não precisa muito, basta estar disposto a desembolsar uma grana e sair à procura de um toy que te agrade!

sábado, 30 de maio de 2009

Circo legal não tem animal

Durante as apresentações de animais em circos é difícil para o espectador imaginar que macacos, cães, tigres, ursos e leões, desenvolvendo suas diversas performances, sofrem fora dali as mais variadas formas de maus-tratos.
Mas isso acntece como num show de horrores.
Os animais de circo vivem confinados e acorrentados em pequenas jaulas sem a mínima condição de higiene. Em geral são espancados com barras de ferro, pedaços de pau... São frequentemente chicoteados.
Alguns tem suas garras arrancadas, dentes e narizes quebrados, línguas cortadas, patas queimadas. São espetados com objetos pontiagudos, queimados com ferro em brasa. Alguns animais ainda adquirem comportamento neurótico por viverem em cativeiro, como bater a cabeça ontra as grades, ou andar de um lado para outro. Além disso, há animais que se auto mutilam.





Todos os animais em circos estão sujeitos a choques elétricos e a privação de água e comida. Estão condenados a viverem enjaulados e diariamente torturados até o fim de suas vidas...
O pior é que ainda não existe normatização específica por parte do Ibama referente aos circos, mas há uma lei destinada aos animais exóticos existentes no país fora do jardim zoológico(Portaria 108, de 6 de outubro de 1994), pela qual subentende-se que abrange esses animais de circo. A portaria exige que haja registro no Ibama como mantenedor da fauna exótica, documentação comprobatória da compra dos animais e seus respectivos certificados, acompanhamento médico veterinário dos animais, dentre outros.
É triste ainda a realidade dos animais de circo que ficam velhose doentes, ou ainda de filhotes vistos como excedetes. Às vezes são vendidos para zoológicos e laboratórios, mas há relatos de abandono destes animais em praças públicas, parques, galpões, e até mesmo centros urbanos.
Se coloque, pelo menos uma vez no lugar desses animais, como seria viver a sua vida toda assim?